Caloiro trajado - foto do Notas & Melodias |
O traje académico
nacional é um uniforme funcional e económico para uso diário (facultativo) de qualquer estudante do ensino superior, do
caloiro ao veterano.[1] Aliás, antes da abolição da
obrigatoriedade do seu uso em 1910, todos os estudantes universitários eram
obrigados a usá-lo para ir às aulas.[2]
O caloiro não tem de
trajar pela primeira vez na Serenata.[3] Pode trajar quando bem lhe
apetecer. É um direito inerente à sua
condição de estudante. O Traje é Traje Académico e
não traje praxístico, sendo apenas o uniforme estudantil.[1][2] Defender
o contrário é anti-Praxe.[2]
“Eu, por exemplo, enverguei uma batina no
dia em que cheguei a Coimbra, pus-lhe por cima uma capa – e capa e
batina foram elas, que me fizeram a formatura!” (In Illo Tempore).[2][4]
Pode ser usado um gorro (facultativo), sem
borla ou bico.[1] O uso do colete é opcional.[1]
·
Quando se usa a capa pelas costas, esta deverá ter algumas
dobras no colarinho[1]. O número de dobras fica ao critério do
estudante.[1] Há quem dê consoante o número de matrículas, há quem
dê pela faculdade, sendo que vários códigos de praxe abordam esta temática
procurando arranjar normas para este tema. No entanto, NÃO há qualquer fundamento para se exigir um qualquer número de
dobras. A Praxe nada preconiza relativamente a esta questão. Sois livres de dar as dobras que quiserdes dar;
·
A capa pode e deve ter colchetes no colarinho para
apertar em caso de luto![1] (A moda de os retirar é recente e não
tem qualquer fundamento histórico. As capas sempre tiveram colchetes);[1]
·
Há 2 alturas em que a
capa se tem de traçar obrigatoriamente: Serenata
Monumental e Trupes; [5]
·
EM LUTO, a batina deve ter as abas fechadas e a capa deve estar caída pelos
ombros (sem dobras) e com os colchetes apertados (caso a capa os tenha).[1]
·
A capa pelas costas SEM DOBRAS usa-se em momentos solenes
ou em que se deve mostrar respeito (inclusive numa missa).[1][5]
·
Pode-se usar a capa ao ombro.
Também há relatos de outros usos caricatos da capa.[5] O que a Praxe
estipula é que na Serenata e em trupes ela esteja traçada e que em momentos
solenes se apresente pelas costas sem dobras.[5] De resto é à
vontade do estudante (com o devido respeito pela capa...).
RASGÕES
NA CAPA:
Podem ser feitos por quem quiserem, o número de vezes que quiserem.[1]
No entanto, é fundamental que a capa não fique arruinada e perca a sua função principal: protecção/agasalho[1][5]
(contra o frio e chuva). Ademais deverá ser possível traçar a capa em
condições![1]
EMBLEMAS:
Cosidos sempre do lado de dentro
da capa, não devendo estar visíveis quando a capa estiver traçada ou pelas
costas.[1]
A Tradição Académica não estipula nenhum número mínimo, máximo ou obrigatório
nem ordem de colocação de emblemas.[6] No entanto, os emblemas, caso o estudante os queira colocar na capa,
deverão ser da cidade/país de origem, cidade/país onde cursa, faculdade/instituição
frequentada, curso onde está ou esteve, instituições a que pertence dentro do
estrito âmbito académico, de
países/cidades e instituições visitadas em representação oficial académica.[6] Ou seja, os emblemas deverão pertencer
estritamente ao âmbito académico e tradicional.[6]
PINS
NA LAPELA:
Têm a sua origem no foro militar, sendo usados pelos estudantes
militares que ingressavam nas universidades portuguesas e que usavam o seu
uniforme militar, ao invés da capa e batina, sobre o qual usavam uma capa ou
gibão.[7]
O seu uso no meio académico foi por cópia destes estudantes, não tendo
por base nenhuma tradição regional.[7]
“Por
conseguinte a metalurgia de lapela foi uma apropriação/invenção divulgada por
alunos que tinham sido militares ou gostavam das cerimónias paramilitares da
Mocidade Portuguesa e da Legião Portuguesa.”(A. Nunes)[7]
Secundum praxis e respeitando a tradição, apenas
se pode usar 1 pin na lapela.[7]
Esse pin deverá ter o logótipo da Instituição ou Faculdade (também pode ser
do curso se este tiver no seu desenho o logótipo da Universidade/Instituto).[7]
I n Illo Tempore, Estudantes, lentes e futricas. Livraria Aillaud & Cª. Paris-Lisboa,1902 [4]
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